S/ TíTULO
Grupo Poema Processo[1969]


1. o poema só pode existir liberto de uma estrutura de consumo pré-estabelecida. o importante é o ato de criar desvinculado dela, é significativo permanecer a consciência crítica. – o valor humano.

2. linguagem é consciência prática.

3. arte:  meio de comunicação universal de diferentes códigos e realidades através do processo.

os poemas em processo 2:

§ de pedro bertolino (florianópolis/sc) –
leitura do cotidiano. o objeto usual elevado á categoria de signo. a linguagem da realidade codificada. Textura da lâmina/corte/abertura e do tecido/código/informação.

§ de hugo mund jr. (rio claro/sp) –
ego – grandeza objetiva e grandeza subjetiva. o singular e o múltiplo. o gráfico versus o produzido.

escrituras – o código individual limitado pelos repertórios. código social destruído pelos ruídos.

os dois poemas obedecem ao mesmo processo: da criação particular do autor para a apropriação feita por este mesmo autor.

§ de josé arimathéa (pirapora/mg) –
o código variável contra o estático. poema e código em desenvolvimento: resultado de uma ação simultânea recíproca. realidade social e realidade política: o poema em função de uma problemática ideológico-participacional.


álvaro de sá; moacy cirne; neide sá. maio – 69.
In: Lara Lemos; Neide Sá (coord.). Processo 2. Rio de Janeiro, 1969.